O Dia Nacional da Visibilidade Trans é uma data importante porque traz de forma simbólica um marco histórico da luta de pessoas travestis e transexuais no Brasil. O Dia foi criado em memória ao 29 de janeiro de 2004, quando travestis e transexuais foram à Brasília para o lançamento da campanha “Travesti e respeito”.
Apesar deste importante marco e da referência histórica ao movimento, não é uma data de comemoração, mas sim uma data de luta: marca exatamente o dia em que pessoas transgênero gritaram aos seus concidadãos que pessoas trans e respeito precisam coexistir em todos os espaços.
Desde então, foram criadas algumas políticas públicas direcionadas à essa população, como os ambulatórios trans do SUS em diversas cidades, o transcidadania em São Paulo, somados a decisão por unanimidade do STF em 2018 de que pessoas transgênero podem alterar legalmente nome e sexo nos documentos. De qualquer forma, o avanço dessa pauta dentro da gestão pública brasileira, principalmente com um olhar intersetorial, ainda é vagaroso.
Uma das razões do porquê isso acontece é que parte das políticas públicas ainda não são inclusivas e que temos uma sub-representação de pessoas transgênero nos espaços de tomada de decisão, formulação e implementação de políticas públicas.
O Vetor Brasil acredita em uma burocracia representativa e em gestores e gestoras públicas atuando pela equidade. Isso significa preencher a lacuna, possibilitando que pessoas diversas componham o setor público brasileiro e sejam incluídas para que com isso elaborem melhores políticas para a população. E além disso, que é o papel de gestoras e gestores públicos por todo o Brasil, se inspirarem nas ações lembradas nessa data para realizarem políticas públicas que continuem promovendo um Brasil menos desigual.