A experiência
Conheci o trabalho do Vetor Brasil no Congresso do Campo de Públicas em 2015. Naquela ocasião, senti que em algum momento a minha trajetória profissional se encontraria com a da instituição.
Dois anos depois, fiz o processo seletivo e foram três tentativas até ser aprovada e me tornar finalista. Fui da turma de 2018/2 e na formação presencial eu já senti o impacto e a importância de ser integrante da Rede. Foi uma formação muito intensa, por muitos motivos, tanto pessoais, quanto profissionais. “Não era só um sonho”, foi uma das certezas mais impactantes que tive quando saí de lá.
Fui alocada no estado do Espírito Santo e trabalhei na Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos. Integrei a Subsecretaria de Inovação na Gestão (Subges), na Gerência de Processos e Projetos (GPP). Atuei no Escritório Central de Processos (ECP), que coordena e articula a Rede de Escritórios Locais de Processos e Inovação(ELPIs). Além disso, trabalhei na Transformação Digital e atualização do Portal de Serviços do estado, aplicando a técnica de Linguagem Simples. Também tive a oportunidade de participar da Rede de Linguagem Simples-Brasil, durante meu período de atuação.
Os marcos
Durante o período de trainee, tive a oportunidade de participar do acompanhamento do Instituto Credit Suisse Hedging-Griffo. A partir dessa parceria, conheci o curso de storytelling, o que me apoiou ainda mais para conseguir contar a minha trajetória. Costumo dividir a experiência em algumas fases:
O começo: são aqueles três primeiros meses da experiência, em que estamos naquele processo de adaptação no novo espaço e conhecendo os processos, fluxos e a composição da equipe. Foi também nessa fase que conheci o projeto que trabalharia e que, em uma semana, precisou ser integralmente reformulado devido a uma mudança organizacional. O novo trabalho agora consistia em coordenar a Rede de Escritórios Locais de Processos e Inovação (ELPI) de cada secretaria, por meio do Escritório Central de Processos. Eram cerca de 50 órgãos e mais de 250 pessoas envolvidas, e essa possibilidade de atuar diretamente para a melhoria dos processos com o olhar inovador, para além do desafio, me interessou bastante. Além desse olhar mais estratégico, tive também a oportunidade de trabalhar na área operacional, ao atuar diretamente no ELPI da Seger, entendendo também os desafios diários que cada servidor vivenciava.
O inesperado: quando a fase de adaptação parecia estar vencida, tivemos a pandemia. Foi um momento muito delicado, já que não sabíamos bem o que estava acontecendo. E, ao mesmo tempo, havia a necessidade de darmos prosseguimento nas atividades. Tivemos que nos reinventar, devido a necessidade do trabalho remoto.
Foi durante esse período que demos início a elaboração de um manual de atuação para os ELPIs, um roteiro que unia cada etapa da Gestão por Processos com um olhar diferente, inovador, a partir da inserção de cada uma das etapas do design thinking. Foi algo muito importante, rico e inovador conceber e desenvolver essa ideia junto com a equipe. Foi também nessa época que surgiu a necessidade de criarmos uma metodologia para realizar a revisão da cadeia de valor de toda a Seger de forma remota com as áreas.
Buscando também ter uma relação mais próxima com a rede de ELPIs, criamos uma curadoria de notícias relacionadas à gestão por processos e inovação, apresentando também boas práticas de cada ELPI a cada edição. Foi uma forma bem bacana para disseminar conhecimentos.
As colheitas e novas ações: período em que fizemos a entrega do Modelo de Atuação, revisão da cadeia de valor da Seger e que foi também colocada como prioridade a oferta de serviços digitais no governo do estado. Foi nessa época também que focamos na revisão e construção da base de ações para o novo Portal de Serviços e estratégias para a Transformação Digital. Outra experiência incrível que tive foi a de poder ministrar oficina e ser mediadora em atividades da Semana de Inovação de 2020, maior evento de inovação do setor público da América Latina.
Os desafios
Com certeza, a pandemia e todos os seus desdobramentos, não só no âmbito profissional, mas também no pessoal.
As conquistas
Além das entregas de trabalho citadas acima, reforço dois outros pontos essenciais: conhecer a história de servidores e servidoras públicos que diariamente se dedicam para a melhoria de vida da população e poder fazer parte de uma rede de apoio e afeto com pessoas e profissionais incríveis de trainees e alumni, que com certeza, fizeram toda a diferença. Essa possibilidade de partilhas, de ampliação de olhares e perspectivas e de desenvolvimento humano, agregou muito na minha trajetória.
As entregas
Pude participar de momentos bem importantes da Subsecretaria como um todo, e me orgulho muito do que pude contribuir. A importância do engajamento e relação com os órgãos não só foi reconhecida com a sugestão do clipping de notícias, mas também continuada e aprimorada. Mesmo tendo saído, essa prática de partilha de boas práticas continua sendo aprimorada e está cada vez melhor! Outra questão que considero marcante é a representatividade. Quando ingressei na equipe, eu era a única mulher. Hoje, há duas trainees atuando brilhantemente por lá. Esse é um fator muito importante.
Os resultados
A experiência enquanto vetora foi um divisor na minha vida, em todos os âmbitos. Sinto que aprendi bastante e tenho muito o desejo de em cada lugar que passar, poder partilhar um pouco do que sei e auxiliar para o impacto e melhoria de ações da gestão pública e dia-a-dia dos servidores. Tenho muito orgulho de fazer parte dessa Rede e certamente indico essa experiência para pessoas que querem ter essa ampliação de olhares e desejam contribuir com a sociedade de uma forma direta, entendendo que essa contribuição se dá, também, de forma pequena e diária.